quinta-feira, 21 de julho de 2011

Teresa

A verdade é que há coisas que devem ser escritas.
A verdade é que há coisas que não podemos esquecer.
A verdade é que há pessoas a quem devemos agradecer,
mesmo quando acham que não fizeram nada de especial.

A verdade é que uma pessoa que nos marca a vida é muito especial.
A verdade é que uma pessoa que nos ensina, que nos forma, que nos torna boas pessoas, que nos ensina a crescer é uma pessoa que não pode ser esquecida. É uma pessoa que merece o nosso agradecimento. Porque ajudou a fazer de nós o que somos hoje. O que seremos daqui para a frente.
Principalmente porque o faz porque gosta de nós. Verdadeiramente. Sem falsos gestos, sem mascaradas, sem imitações.
Porque acredita em nós, porque tem fé em nós, porque sabe que não vamos falhar. E porque nos diz que se falharmos é apenas um percalço. Porque a vida é feita de percalços. E nos ensina a nunca esquecer a nossa raiz, a nossa casa. E nos faz acreditar que podemos sempre voltar a casa. Independentemente. E que isso é, sem dúvida, o mais importante.

A voz
O sorriso
O cabelo
Os abraços súbitos
O consolo
A presença

Até o esparguete que comíamos como se fosse mousse
Ou os sapatos de croché que nos ensinou a fazer
Ou o macramé
Ou toda a magia que acontecia naquela sala.

Acima de tudo porque foi uma mão por debaixo de nós. Onde sabíamos que estávamos em segurança. Onde nos sentíamos tranquilos. Onde éramos o que éramos. Sem ter de fingir. Sem ter de ser iguais. Sempre com a sua mão por debaixo. Porque éramos da sala da Teresa.

Na altura era tudo normal, mas ela não é nada normal. É extraordinária. E quando temos uma pessoa extraordinária na nossa vida, a nossa obrigação é agradecer.
Agradecer o que nos ensinou
Agradecer o que fez de nós
Agradecer a presença
Agradecer a magia
Agradecer a união
Agradecer os valores
Agradecer os sentimentos que nunca deixa de ter
Agradecer por continuar a ser quem é.

Obrigada Teresa.