segunda-feira, 30 de maio de 2011

Demora a arrancar. O Verão. Apre.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Há pessoas montanha-russa. Para cima e para baixo. Para cima e para baixo. Isto de ser pessoa montanha-russa não deve ser fácil. Se calhar até devia dizer que não é nada fácil. E devia dize-lo porque às vezes, mas só às vezes, ok várias vezes, eu sou uma pessoa montanha-russa.
Há vários géneros de pessoas. As pessoas "deixa lá mas é ver os barcos a passar", as pessoas "olha que umbigo tão bonito tenho eu", as pessoas "o meu sonho é ter uma Montblanc", as pessoas "borboletas e passarinhos", enfim, vários. O meu tipo é decididamente, e tenho que o admitir, montanha-russa. Quando posso, pois claro. Que até as pessoas montanha-russa tem momentos de seriedade e verdadeiro entendimento da realidade. E se o verdadeiro entendimento da realidade é difícil de conseguir. Difícil de entender e difícil de suportar. Principalmente quando a vontade é virar a realidade ao contrário. Sim, porque é assim, mas e se não fosse? Se não fosse não sabem. Pois não sabem. Mas o pior é que nem querem saber. E se calhar podia ser tão bem melhor. Ou pior. Ou igual. Mas também o que interessa? O que interessa sempre é que pode ser de outra maneira. Que existe sempre um plano B. Eu adoro planos B. Muitas vezes os meus planos B transformam-se em planos A mas ai arranjo um plano C. O que importa é ter sempre um caminho. Um caminho novo. Um sitio por onde ir. Para nos acharmos ou nos perdermos. Mas um caminho. Eu adoro caminhos. Novos de preferência. Detesto coisas que já foram, caminhos já corridos. Gastos e usados. É como ver a RTP memória. Já passou, já conhecemos o futuro para quê olhar para o passado. Ah porque se aprende com o passado. Pois muito bem, mas então que se aprenda depressa. Bem se calhar nem sempre conseguimos. Mas depressinha, que o que lá vai lá vai. Já foi.

À conta disto às vezes encafuo as coisas com uma tal pressa que nem dou por isso na altura. Depois tramo-me. Que as coisas aparecem do nada e me dizem: "achavas que tinhas fechado bem a gavetinha? pois é o que dá arrumar à pressa, não fechaste". E ai pimba. Sou apanhada na curva. É nestas alturas que me apanham na parte de baixo da montanha russa. Mas como a montanha não parou, não tarda a subir outra vez. E lá fecho a gaveta como deve ser. E lá vai o carrinho a subir montanha acima.

É claro que isto cansa. As pessoas "deixa-me lá estar aqui de papo para o ar a olhar o azul do céu" têm a vida que é uma jóia. Do melhor. Qual para cima e para baixo, qual quê. Sossegadinhos à espera do que está para vir. Pois mas isto de ser pessoa A, B ou C não se escolhe. Nasce connosco e não há nada a fazer. Ou muito pouco. As montanhas russas podem passar a ser mais pequenas e menos inclinadas mas nunca ficam planas. E, quanto a mim, ainda bem.
Quanto de nós é aquilo que escrevemos?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

É um bocadinho como o recreio dos miúdos.
E entretanto o zé já tem mais 10 amigos.
Era uma vez uma ideia. Nem boa nem má. Coitada. Era só uma ideia. Ela bem queria ser uma ideia estupenda. Daquelas ideias fantásticas. Brilhantes. Mas não era. Nada disso. Era uma simples e modesta ideia. Andava triste. A ideia. Andava triste porque estava farta que lhe chamassem "não é má". "Não é má" ideia. Ela estava farta de ser "não é má". Que não era má sabia ela mas ela queria ser boa. Uma boa ideia. Pelo menos isso. Boa. Como não sabia o que fazer foi ter com alguém para a ajudar. A ser uma boa ideia. Esse alguém explicou-lhe que isto das ideias serem boas tem mais do que se lhe diga. Que há aqui um processo analisado, documentado e revisto para as ideias se tornarem em boas ideias. A nossa ideia ficou de rastos. Achou que ia ser mais fácil. Achou que lhe bastava sair um bocadinho do caminho para ser uma boa ideia. Afinal não. Afinal tinha que pensar a sério naquilo. Mas disso a ideia não gostou mesmo nada. Afinal uma coisa em que ela acreditava verdadeiramente é que as ideias para serem boas tem de aparecer assim de repente. Serem expontaneas. Serem "logo se vê no que isto vai dar". Serem ideias que arriscam. Ela estava preparada para arriscar. Não estava preparada para pensar a fundo no longo caminho que tinha de percorrer para ser uma boa ideia. Também achava que tinha muito mais piada ser uma ideia se não fosse chato. Se não fosse chato ser uma ideia. E quando temos de pensar muito numa coisa que vem cá de dentro, é chato. E a ideia não gostou mesmo nada dessa ideia. Por um lado era uma "não é má" ideia e divertia-se à grande, aparecia quando queria e dizia o que lhe apetecia. Por outro queria ser uma boa ideia mas tinha de se concentrar muito nisso, de se esforçar bastante, de pensar em fases de uma fórmula qualquer chata. A nossa ideia não sabia mesmo o que fazer.
Era assustador. De repente todos estavam iguais. Ao mesmo nível. O zé já tinha sido avisado. Sabia bem ao que ia. Mas mesmo assim, não queria acreditar. Caras por todo o lado. A entrarem pelos olhos dentro, pela cabeça dentro. Caras conhecidas e desconhecidas. Pessoas estranhas completamente banais. A invadirem o ecran à frente dele. De repente viu-se sozinho no meio de uma multidão de pessoas que supostamente o conheciam. Ou conheceram. Ou vão conhecer.
O zé achou tudo um bocadinho estranho. De repente aquelas pessoas de quem ele não ouvia falar há que tempos apareciam-lhe à frente. Não lhe apareciam só à frente, invadiam o olhar. Cobriam o ecran. Introduziam-se na sua vida. Já lhe tinham dito que ele podia ser só amigo de quem quisesse. Mas para o zé o conceito de amizade não é bem esse. De quem se quisesse? Ou se é amigo ou não. Amigos verdadeiros quase nunca são escolhidos. São como os amores. Existem independentemente do que possamos achar deles. Para o zé a amizade era assim. Ainda se aquele emaranhado de gente quisesse ser conhecido dele... Mas amigo. Amigo era muito para o zé aceitar assim de repente, da primeira vez que aquilo lhe entra pelos olhos adentro. Mas bem, o zé achou que o melhor era não dramatizar. Afinal isto é uma coisa normal, banal, que toda a gente usa. O anormal é achar a isto anormal. Afinal nos tempos em que vivemos temos todos de nos ligar assim. Como amigos. Mas o zé está-se pouco a marimbar para o que é normal ou anormal. Para o que é bem aceite e para o que é olhado com estranheza. O zé quer continuar a ver as coisas como sempre viu. Não que com isso ache que é antiquado ou que esteja ultrapassado. Mas para o zé existem valores que não mudam. Ou que não devem mudar. E a amizade é um deles. O zé por mais que queira não vai conseguir chamar aquelas pessoas amigos. Não se vai habituar a isso.
Depois, serem todos iguais. Uma amalgama de gente diferente toda igual. De óculos escuros, na praia, com os filhos, a mostrar só uma parte. Tudo igual a querer desesperadamente parecer diferente. A querer marcar a diferença. Para serem escolhidos. Para cativar o olhar. Para despertar a curiosidade. Para quê? pensou o zé. Para coleccionarem amigos?
O zé ainda não entende. Pode ser que um dia venha a compreender. Quem sabe até a aceitar. Por agora tudo lhe causa ainda alguma estranheza.
Ainda assim decidiu arriscar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Luís I

E lá vinha ele de mota. O Luís. Com o contentamento estampado na cara. O contentamento de quem tem um brinquedo novo para brincar. Assim vinha o Luís.

Para o Luís a vida é assim agora. Como um Lego para construir. Com muitas pecinhas, com imensas possibilidades. E sem pressa de terminar. Um Lego que se vai construindo e destruindo à medida das vontades. Dos apetites. Dos quereres. Do espaço. Que é dele e que ele faz questão de proteger com unhas e dentes. Como quando encontramos um tesouro há muito perdido. Há muito esquecido. Tão esquecido que até já não lembrávamos porque nos era tão importante. Quando o reencontramos percebemos. Novamente. A importância que tinha. A importância que tem. E porque nos é tão caro. O mesmo aconteceu com o Luís e com a sua vida. A sua. As suas vontades. Os seus quereres. Os seus apetites. O seu espaço. Ele redescobriu isso tudo. E gosta muito. De ser ele. As escolhas dele. Por ele. Para ele.

O Luís sabe que não vai ser sempre assim. Acha que vai haver uma altura em que esta necessidade não vai ser tão intensa. Acha. Porque ainda não consegue ter a certeza. Agora não. Agora o que reencontrou é demasiado importante para desviar o olhar. Para permitir divisão de atenções. Chega a haver alturas que se distrai. Em que o olhar muda um bocadinho de rumo. Mas isso não acontece durante muito tempo. Afinal o Luís tem de defender o seu tesouro. É que ele não sabe se o que encontrou não volta a desaparecer. Se o perde novamente. E depois de perceber a importância que tem, o Luís não quer correr esse risco. Não pode. Afinal é ele que está em jogo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Rebuçados.
Vermelhos. Verdes, de mentol. Coloridos. Saborosos. Docinhos. Às vezes azedos, se tiverem aquele pozinho que nos amarga mesmo a língua.
Rebuçados.
Que às vezes escolho comer e outras, poucas, não.
Rebuçados.
Que às vezes escolho desembrulhar e outras, poucas, não.
Rebuçados que me adoçam a vida. Mas que me amargam os dias.
Nem sempre a escolha é certa. Nem sempre é garantida. Nem sempre são do que preciso.
Mas nunca lhes consigo resistir.
Resistir a experimentar. A arriscar. A tentar.
Novamente. Uma e outra vez. Apesar do amargo, do pozinho que não se vê.
Apesar de muitas vezes ter de os trincar para os conseguir engolir. Porque não os consigo ter mais tempo na boca. Porque me fartam. Me maçam. Me cansam.
Apesar disto. Do cansaço. Do enjoo. Apesar das tentativas falhadas. É impossível resistir a um rebuçado.
Saiu-me um político nos corn- flakes. (…) Cada governo dava direito a um povo. Havia colegas meus que até já tinham vários povos e estavam a ver se despachavam alguns. Mas com o político que me saiu não conseguia formar governo. Também não o conseguia trocar. Não me servia para nada.
Para que raio queria eu um político repetido?
Ainda pensei deixá-lo colado para ai numa parede qualquer, mas um político e sempre uma coisa que não se quer deixar ao deus dará.
Também não o podia deitar fora, que um político no lixo faz sempre uma grande lixeirada.
Não sabia mesmo o que lhe fazer. Fui para a rua.
- A senhora não quer um político?
- Eu? Um político? Para que raio quero eu um politico? Já tenho trabalho que me chegue em casa com um marido, 3 filhos e 2 netos. Para que quero eu um político que fala, fala, fala mas não ajuda em nada?
- Possa, que não consigo despachar o político...
Não me resta outra alternativa senão comprar outra caderneta. Assim, pelo menos, se um bando de políticos me falhar tenho o outro de reserva.
Ah, e isso de dizer que cada governo dá direito a um povo, é uma treta. Cada povo é que dá direito a um governo. E às vezes, dá-se o caso, de cada povo só dar direito a meio governo, ou até a uma percentagem pequenina de governo. Aliás, atrevo-me até a dizer que, em alguns casos, felizmente poucos, cada povo dá direito a um desgoverno.
Mas destes, felizmente, não fazem cromos.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Resposta do Calvin

Pois é, metade de ti é mentira porque sim. Porque eu digo que é. Eu tenho 6 anos e sei estas coisas. Sabes que eu sou um miúdo esperto. Os meus pais é que pensam que não. Mas sou. Portanto, se eu digo que metade de ti é mentira é porque é e não tenho de explicar mais nada. O que tu tens de fazer agora, porque és adulta e os adultos gostam sempre de fazer alguma coisa acerca destas coisas profundas e complicadas, é contigo. Tu lá sabes. Se queres viver como sendo metade mentira ou não. Se quiseres, coitada de ti. Se não, já sabes o que tens a fazer. Mas descansa, eu posso ajudar-te.

O som do silêncio tem música

mas pode ser ensurdecedor. E eloquecer. E não nos deixar ficar tranquilos. Faz-nos procurar mais. Onde estamos e porquê.
Porque apesar de tudo aparentemente calmo continuamos a ouvir esta música desafiadora na cabeça. Uma música que não sai. Que nos obriga a avançar. Que só termina quando o barulho da vida a abafa. A anula. A guarda para uma nova oportunidade. Para se impor. Novamente.

Alberto

O Alberto gosta de saber com o que pode contar. Nunca esquece o guarda-chuva quando há nuvens no céu. Nunca sai de casa sem verificar 3 vezes se trancou a porta.
O Alberto é daqueles tipos que gostam de receber meias no Natal. Afinal um par extra de meias dá sempre jeito.
Lá no trabalho as colegas adoram-no. É prestável, educado, segura sempre a porta para passarem. Um autêntico cavalheiro. Os colegas também gostam dele. Mas menos. Afinal nunca alinha nas conversas sobre futebol ou mulheres.
O Alberto é um tipo com a vida controlada. É um descanso.
Numa noite de chuva, já eram 9 horas, está o Alberto na paragem do autocarro à espera do 58 que nunca mais chega. Espera, espera e começa a ficar irritado. Sabe que não devia ter ficado a trabalhar até tarde mas não consegue dizer que não a ajudar uma colega, afinal não tem ninguém à espera em casa. Mesmo assim esta espera, há já 30 minutos que espera, está a deixá-lo irritado.
Vâ aproximar um sem abrigo.
- pronto só me faltava mais esta, lá vem um pedir dinheiro. Avisou logo- Não tenho trocos para lhe dar. Num tom educado, claro, que o Alberto não gosta de ser mal educado. O sem abrigo continua a aproximar-se e o Alberto sem paciência. Mas é nessa altura que a sua vida muda. O sem abrigo explica ao Alberto que não quer dinheiro, nem sequer comida, que só quer um abraço numa noite de chuva. Nada mais. Ou isso tudo. E é nessa altura que o Alberto perde o controlo da sua vida. Ou que o encontra, finalmente.

Calma

Fim de tarde no Verão. A calma do Alentejo. O silêncio. A realidade aumentada das coisas que deixamos passar. A certeza de que tudo se mantém constante ao longo do tempo. O que é verdadeiramente importante. O que às vezes esquecemos. O que na correria do dia-a-dia nos parece insignificante. Pequenino. Com menos importância. A calma do Alentejo traz de volta. Relembra. Refoca. Permite não esquecer.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Quando ela chega devagarinho e se apodera de nós é tramado. Agarra-nos e molda-nos e é um sarilho. Lutamos contra ela mas ela é mais forte. Não nos deixa reagir. Agarra-nos e já não larga. Para lhe ganharmos temos de a distrair. Temos de a fazer pensar que ganhou. Que levou a melhor. E ela baixa a guarda. Mas não é fácil porque ela é matreira e esperta. Sabe muito bem quando estamos a lutar com ela. Para a distrairmos temos de fazer uma coisa completamente diferente. Ela baixa a guarda e nós ganhamos e podemos finalmente voltar a fazer o que quisermos. Hoje estou a tentar distrai-la com este texto. Vamos ver quem leva a melhor.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Existem de todas as formas. Circulos, quadrados, triangulos e até hexágonos.
Cada qual com a sua particularidade. Os circulos que vão para onde os levam, basta um empurrãozinho e lá vão eles. Os quadrados que não há quem os aguente, não saem do mesmo sitio e para os fazer mudar de ideias é uma chatice. Os triangulos que são uns matreiros, parecem mais fáceis que os quadrados mas para os fazer avançar também é preciso uma dose extra de paciência. Finalmente os hexágonos. Com estes sim podemos ter uma conversa. Talvez por terem mais lados consigam alcançar mais longe. Avançam sem medo e por vontade própria.
Um novo desafio. Pôr-me na pele de outro. Entender o outro. Acho que não será difícil, apesar das diferenças as semelhanças estão lá.

Para ela.

Um pilar. Uma base. Um telhado que a protege. Um muro que a abriga. Sempre. Inquestionavelmente. Incondicionalmente.
Agora.
A ternura, o carinho e a brincadeira. O amor. A sensação de estar em casa em qualquer lugar. A tranquilidade de o ter lá para a apanhar nas quedas. Para lhe mostrar os esconderijos mais bonitos dos parques. Para a levar para fora de pé no mar.
Depois.
A fortaleza. O exemplo. A garantia de protecção. A experiência que a vai ajudar a decidir. O amparo nos primeiros tropeções. A ajuda quando nada parecer fazer sentido. A certeza de que, faça o que fizer, seja quem for, ele estará lá sempre. Para ela. Por ela.

Para ele.

Tudo.
Agora.
O amor. O arrebatamento. A intensidade. De a ver crescer. De partilhar com ela. Os momentos a dois. A cumplicidade que criam. O entendimento que cresce. O prazer de a ajudar nas conquistas. De descobrir as descobertas dela. De a adormecer nos braços. O colo depois de uma queda. Um sorriso especial só para ele.
Depois.
A concretização de um sonho. A realização de uma vida. A vida sempre com ela e por ela. Assistir à sua transformação. À sua consagração. E, por fim, deixa-la voar para fora do ninho.
E nisto andamos nós. Uns e outros.
À procura. Sem sairmos do mesmo sítio. À espera. Sem esperarmos nada. Uns dias e outros e outros. E uns melhores e outros não.
Dizem que é mesmo assim. A vida.
Dizem que são fases. Alturas. Momentos.
Dizem isso.
Mas será mesmo isso?
Ou seremos nós? Só nós.
E aquilo que fazemos com ela. O que queremos dela. O que esperamos dela.
As nossas expectavivas. As nossas vontades. As nossas coragens. A nossa aceitação. O nosso inconformismo.
A capacidade de aceitar ou o inconformismo que nos leva mais longe.
Onde pára um e começa outro?
Girar no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Gira, gira, gira. Calmamente. Sem nada para misturar. Apenas a calma arrancada à rotina de um dia. Gira, gira, gira.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A minha cabeça dava um filme. Assim para o género alternativo.