segunda-feira, 16 de maio de 2011

Rebuçados.
Vermelhos. Verdes, de mentol. Coloridos. Saborosos. Docinhos. Às vezes azedos, se tiverem aquele pozinho que nos amarga mesmo a língua.
Rebuçados.
Que às vezes escolho comer e outras, poucas, não.
Rebuçados.
Que às vezes escolho desembrulhar e outras, poucas, não.
Rebuçados que me adoçam a vida. Mas que me amargam os dias.
Nem sempre a escolha é certa. Nem sempre é garantida. Nem sempre são do que preciso.
Mas nunca lhes consigo resistir.
Resistir a experimentar. A arriscar. A tentar.
Novamente. Uma e outra vez. Apesar do amargo, do pozinho que não se vê.
Apesar de muitas vezes ter de os trincar para os conseguir engolir. Porque não os consigo ter mais tempo na boca. Porque me fartam. Me maçam. Me cansam.
Apesar disto. Do cansaço. Do enjoo. Apesar das tentativas falhadas. É impossível resistir a um rebuçado.